A América no século XIX – Resumo (Parte 02/05)
Independência da
América Espanhola
Com exceção do
Uruguai, de Cuba e Porto Rico, as colônias espanholas da América proclamaram
sua independência entre 1804 e 1825.
Os primeiros
movimentos de libertação da América Espanhola começaram no século XVIII. Entre
eles, destacam-se a revolta dos indígenas no Peru, liderada por Tupac Amaru
(1780) e a revolta dos escravos, a partir de 1791, em São Domingos, liderada
por um ex-escravo, Toussaint Louverture, que proclamou a independência da ilha.
No vice-reinado da
Nova Espanha, em 1810, os padres Hidalgo e Morellos lideraram um movimento pela
libertação do México. Ambos foram executados. A independência definitiva só
veio a ocorrer em 1821, declarada pelo general Itúrbide.
A desintegração do
vice-reinado do Prata corresponde às regiões atuais do Paraguai, Argentina e
Uruguai) teve inicio com José Rodrigues de Francia, que libertou o Paraguai, em
1811, e instalou uma ditadura de cunho isolacionista.
A queda de Napoleão e
José Bonaparte, em 1815, levou o rei Fernando VII ao trono espanhol. A
restauração absolutista na Espanha correspondeu à tentativa de recolonizarão da
América Espanhola. Todavia, os criollos argentinos rebeldes não desistiram.
Lutaram contra as tropas espanholas. Nessa luta, destacou-se a figura de José
de San Martín. Em 1816, os argentinos formalizaram a independência definitiva
no Congresso de Tucumán e criaram a República Argentina. Aos poucos, o antigo
vice-reinado do Prata foi se diluindo em Estados nacionais soberanos.
O processo de
independência do Uruguai foi diferente dos outros países da América Espanhola.
O Uruguai foi incorporado ao Brasil por D. João VI, em 1821, com o nome de
Província Cisplatina. Anos depois, com o Brasil já independente, dois
nacionalistas uruguaios, Lavalleja e Rivera, iniciaram uma guerra de
libertação. D. Pedro I, imperador do Brasil, reconheceu a independência do
Uruguai em 1828. O vice-reinado do Peru também fragmentou-se em nações livres: a Colômbia, em
1819; o Equador, em 1822; o Peru, em 1821; e a Bolívia, em 1825. As
Capitanias-Gerais da Venezuela e do Chile também se emanciparam,
respectivamente, em 1811 e 1818.
O monarca espanhol
Fernando VII chegou a solicitar a ajuda da Santa Aliança para deter os
processos emancipacionistas. Entretanto, a Inglaterra e os Estados Unidos
opuseram-se a intervenção e reconheceram os novos Estados latino-americanos. A
Inglaterra via nas novas nações um mercado promissor para os seus produtos.
A situação política e
econômica da América Latina pouco mudou. Os criollos permaneceram como camada
dominante, enquanto a grande maioria da população continuou sendo explorada.
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