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Cientistas encontram vestígios de sangue em múmia de 5 mil anos

Células sanguíneas estavam em feridas de corpo encontrado nos Alpes.

Cientistas analisaram múmia com ajuda da nanotecnologia.

Otzi, apelido dado ao corpo com mais de 5 mil anos de idade encontrado em uma geleira na Europa. Pesquisadores encontraram células de sangue em ferimentos. (Foto: Andrea Solero/AFP)

Ötzi, uma múmia encontrada em 1991 em uma geleira entre a Áustria e a Itália, nos Alpes, conseguiu preservar por 5 mil anos células vermelhas do sangue, de acordo com estudo divulgado nesta terça-feira (1º) pela publicação científica “Royal Society Journal”. 


O corpo mumificado de um homem de Similaun ficou bem preservado pela geleira, o que preservou tecidos e elementos do sistema nervoso. Mas os primeiros estudos científicos não haviam conseguido detectar qualquer vestígio de sangue. Uma das hipóteses classificadas pelos cientistas, inclusive, foi a de que o sangue tinha se auto-destruído ao longo do tempo.
Porém, estudos recentes revelaram resíduos em algumas feridas. Com um microscópio de força atômica, que tem precisão nanométrica, amostras da mão direita de Ötzi foram analisadas, além de uma ferida na omoplata, causada por uma flecha.
Os pesquisadores encontraram três “corpúsculos” em forma de “disco côncavo”, formato típico das células vermelhas do sangue. Segundo o estudo, a morfologia da amostra não mostrou sinal de dano, degradação ou perturbação, indicando que as células vermelhas do sangue se preservaram por mais de 5 mil anos nos tecidos lesionados da múmia.
A descoberta comprova também que a múmia sofreu uma morte violenta, após ataques múltiplos, o que exclui a hipótese de morte súbita.
 
Fonte: Portal G1

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