"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

Gioconda ou Monalisa



Monalisa, com seu enigmático sorriso, foi inspirada em uma modelo viva, Lisa Gherardini, terceira esposa de um rico mercador florentino, Francesco Del Giocondo, 19 anos mais velho. Francesco encomendou um retrato da mulher para pendurá-lo na sala de jantar. Lisa começou a posar em 1503. Leonardo da Vinci levou 4 anos fazendo o trabalho e jamais chegou a concluí-lo como desejava. É que Francesco ficou impaciente com a demora, proibiu sua mulher de continuar posando e não pagou pela obra. O rei francês Francisco I comprou o quadro para decorar o banheiro e pagou o equivalente a 15,3 quilos de ouro.  

Um crítico de arte, em 1568, escreveu: "Enquanto pintava o retrato dela, Leonardo contratou pessoas que cantavam e tocavam para manterem-na alegre, eliminando aquela ponta de melancolia que o fato de posar acarreta".
Alguns estudiosos dizem que Monalisa poderia ser Constanza d'Avalos, amante de Giuliano de Medici.
Há também quem sustente que Leonardo da Vinci teria pintado um quadro de Monalisa nua. O quadro e os esboços nunca foram encontrados.
Monalisa não tinha sobrancelhas. Há diversas versões que explicam o fato. O médico Julio Cruz y Hermida diz no livro A Gioconda Vista Por Um Médico que a modelo sofria de uma doença chamada alopecia. O mal causa a queda de todos os pêlos do corpo. Também existe uma história que conta que um restaurador desastrado apagou as sobrancelhas ao usar um solvente muito forte na obra. Mas a justificativa mais aceita é que Monalisa raspava os pêlos do rosto, como era costume na renascença.
Pesquisadores acreditam que Da Vinci demorou 3 anos para finalizar o quadro.
Ele tem 77 centímetros de largura por 53 de largura.
A técnica usada pelo pintor para imprimir um ar misterioso à jovem retratada se sfumato (esfumaçado). Já foi feita uma versão mais clara da obra e comprovou-se que ela perde toda sua profundidade e beleza.
Segundo o biógrafo Giorgio Vasari, Leonardo chamou músicos e bufões para tocar em seu estúdio, na tentativa de arrancar um sorriso de sua modelo. Na época, não era apropriado uma moça sorrir demais.
Em 06 de abril de 2005, o quadro foi transferido para uma sala especialmente construída para ele no Museu do Louvre, em Paris (França). O recinto, que conta holofotes especiais, custou cerca de 16 milhões de reais e demorou quatro anos para ficar pronta. Antes, a tela de Da Vinci ficava no setor de pinturas italianas.
Pesquisadores da Universidade de Amsterdã (Holanda) aplicaram sob a obra em dezembro de 2005 um programa de "reconhecimento de emoções". O software concluiu que a modelo retratada estava 83% feliz, 9% entediada, 6% atemorizada e 2% enfadada.

Fonte: O Guia dos Curiosos

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