Raça
O termo raça significa dizer que há grupos de
pessoas que possuem características fisiológicas e biológicas comuns. No
entanto, o uso do termo raça acaba classificando um grupo étnico ou sociedade,
levando também à hierarquização.
Apesar da diversidade, existem aspectos universais nas culturas
humanas. A linguagem é um exemplo. Apesar de existirem diferentes línguas, a
necessidade de comunicação é comum a todas as culturas. Existem outros exemplos
de características universais: partilha, inter-ajuda, relações afetivas,
religião, solidariedade etc.
A socialização transforma os seres humanos em seres sociais.
Sendo um processo de construção da identidade social não destrói a identidade
individual, passa a fazer parte dela. É o processo pelo qual os homens aprendem
as normas das culturas de origem, e que lhes permite o contato social com as
gerações passadas e futuras, pela partilha dessas normas.
Raça: Os
primeiros estudos Antropológicos sobre o homem buscaram explicar a diferença
entre a humanidade pelas suas características fisiológicas e biológicas, herança
das Ciências Naturais (Biologia), que até o século XVIII e XIX classificava a
humanidade por meio da seleção natural e organização genética.
Como se
todos nós, seres humanos, fôssemos postos em uma grande escadaria, e em ordem
de classificação e hierarquização pelo grau de importância das características
físicas de cada grupo étnico; os mais importantes ficariam no topo e assim iria
descendo até chegar nos menos importantes. Muitas críticas a esse pensamento
foram suscitadas, principalmente no final do século XIX, pois tais concepções
ajudaram a reforçar a discriminação e o preconceito e, consequentemente a
legitimação das desigualdades sociais. Apesar de todas as críticas, ainda é
possível observar que nos séculos XIX e XX houve um retorno de práticas
racistas como, por exemplo, a eugenia[1],
que foram muito defendidas por estudiosos adeptos às teorias evolucionistas
sobre o progresso físico e comportamental do homem e por mais incrível que
pareça, ainda hoje existem pessoas que pensam assim, como por exemplo o
cientista James Watson, Prêmio Nobel de 1979
Você lembra do genocídio dos judeus, mais conhecido como o
Holocausto, durante a II Guerra Mundial? Já ouviu falar?
O pensamento ideológico que estava por trás daquele terrível ato que
exterminou milhões de judeus, que não eram reconhecidos como seres humanos, era
a ideia de superioridade da “raça ariana” alemã. A perseguição e o extermínio
dos nazistas alemães contra os judeus ficou conhecida na história por
anti-semitismo, uma forma de repudiar tudo o que era contrário à ideologia nazista. Quando olhamos os três grupos étnicos que se miscigenaram no Brasil
Colônia, séculos XVI e XVII, com suas características biológicas específicas e
também sócio-culturais, suas tradições, vemos como fizeram toda a diferença no
processo de colonização e formação do povo brasileiro, diferentemente de outras
colonizações empreendidas pelo mundo.
Etnicidade:
é
a mobilização política e social de determinados grupos étnicos em prol de seus
direitos e valores do grupo, na defesa de sua identidade sociocultural. O Brasil é conhecido como o país de maior número de negros e afrodescendentes depois do Continente Africano, no
entanto, o
racismo que muitas vezes aparece “camuflado”, estabelece uma grande distância
entre
estes e as suas
efetivas e plenas participações na vida social.
[1] Eugenia é um termo cunhado em 1883 por Francis
Galton (1822-1911),
significando "bem nascido". Galton definiu eugenia como o estudo dos agentes sob
o controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das
futuras gerações seja física ou mentalmente. Em outras palavras, melhoramento genético.
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