"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

Raça


O termo raça significa dizer que há grupos de pessoas que possuem características fisiológicas e biológicas comuns. No entanto, o uso do termo raça acaba classificando um grupo étnico ou sociedade, levando também à hierarquização.
Apesar da diversidade, existem aspectos universais nas culturas humanas. A linguagem é um exemplo. Apesar de existirem diferentes línguas, a necessidade de comunicação é comum a todas as culturas. Existem outros exemplos de características universais: partilha, inter-ajuda, relações afetivas, religião, solidariedade etc.
A socialização transforma os seres humanos em seres sociais. Sendo um processo de construção da identidade social não destrói a identidade individual, passa a fazer parte dela. É o processo pelo qual os homens aprendem as normas das culturas de origem, e que lhes permite o contato social com as gerações passadas e futuras, pela partilha dessas normas.  

Raça: Os primeiros estudos Antropológicos sobre o homem buscaram explicar a diferença entre a humanidade pelas suas características fisiológicas e biológicas, herança das Ciências Naturais (Biologia), que até o século XVIII e XIX classificava a humanidade por meio da seleção natural e organização genética.
Como se todos nós, seres humanos, fôssemos postos em uma grande escadaria, e em ordem de classificação e hierarquização pelo grau de importância das características físicas de cada grupo étnico; os mais importantes ficariam no topo e assim iria descendo até chegar nos menos importantes. Muitas críticas a esse pensamento foram suscitadas, principalmente no final do século XIX, pois tais concepções ajudaram a reforçar a discriminação e o preconceito e, consequentemente a legitimação das desigualdades sociais. Apesar de todas as críticas, ainda é possível observar que nos séculos XIX e XX houve um retorno de práticas racistas como, por exemplo, a eugenia[1], que foram muito defendidas por estudiosos adeptos às teorias evolucionistas sobre o progresso físico e comportamental do homem e por mais incrível que pareça, ainda hoje existem pessoas que pensam assim, como por exemplo o cientista James Watson, Prêmio Nobel de 1979
Você lembra do genocídio dos judeus, mais conhecido como o Holocausto, durante a II Guerra Mundial? Já ouviu falar?
O pensamento ideológico que estava por trás daquele terrível ato que exterminou milhões de judeus, que não eram reconhecidos como seres humanos, era a ideia de superioridade da “raça ariana” alemã. A perseguição e o extermínio dos nazistas alemães contra os judeus ficou conhecida na história por anti-semitismo, uma forma de repudiar tudo o que era contrário à ideologia nazista. Quando olhamos os três grupos étnicos que se miscigenaram no Brasil Colônia, séculos XVI e XVII, com suas características biológicas específicas e também sócio-culturais, suas tradições, vemos como fizeram toda a diferença no processo de colonização e formação do povo brasileiro, diferentemente de outras colonizações empreendidas pelo mundo.
Etnicidade: é a mobilização política e social de determinados grupos étnicos em prol de seus direitos e valores do grupo, na defesa de sua identidade sociocultural. O Brasil é conhecido como o país de maior número de negros e afrodescendentes depois do Continente Africano, no entanto, o racismo que muitas vezes aparece “camuflado”, estabelece uma grande distância entre estes e as suas efetivas e plenas participações na vida social.



[1] Eugenia é um termo cunhado em 1883 por Francis Galton (1822-1911), significando "bem nascido". Galton definiu eugenia como o estudo dos agentes sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações seja física ou mentalmente. Em outras palavras, melhoramento genético.

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