Perspectiva do Conhecimento (Parte 04/07)
Kant (1724-1804)
Kant e a Crítica da Razão
Immanuel Kant é de origem alemã, tendo nascido em Königsberg, atual Kaliningrado (pertence à Rússia desde 1946), em 22 de abril de 1724. Consta que não casou e não teve filhos. Faleceu em 1804, com cerca de 80 anos.
A influência da filosofia de Kant foi, e continua sendo, tão profunda e tão vasta a ponto de converter-se em algo imperceptível. A investigação filosófica, no âmbito das tradições “analítica” e “continental”, é impensável sem os recursos lexicais e conceituais legados por Kant. Mesmo fora da filosofia, nas humanidades, ciências sociais e ciências naturais, os conceitos e estruturas de argumentação kantianos são ubíquos. Quem quer que exerça a crítica literária ou social está contribuindo para a tradição kantiana; quem quer que reflita sobre as implicações epistemológicas de sua obra descobrirá estar fazendo-o dentro dos parâmetros estabelecidos por Kant. Com efeito, muitos debates contemporâneos, em teoria estética, Literária ou política, mostram uma peculiar tendência para converter-se em discussões em torno da exegese de Kant. Em suma, nos menos de 200 anos desde a morte de seu autor, a filosofia kantiana estabeleceu-se como indispensável ponto de orientação intelectual. (CAYGILL, 2000)
O foco da filosofia de Kant é a gênese do conhecimento, os limites da metafísica e o fundamento das leis morais. Sobre a metafísica Kant escreve:
Estou tão longe de admitir que a Metafísica, considerada objetivamente, seja algo sem importância ou supérfluo que, desde há algum tempo, particularmente desde que julgo compreender a sua natureza e o lugar que lhe compete entre os conhecimentos humanos, estou convencido de que dela depende o verdadeiro e duradouro bem da humanidade. (SANTOS, 1985)
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