Perspectiva do Conhecimento (Parte 07/07)
Jean Jacques Rosseau (1712-1778).
Kant e o Iluminismo
Nos séculos XVI e XVII países como Inglaterra, Holanda e França foram palco de uma revolução cultural chamada Iluminismo. Os elementos principais do Ilumismo foram: valorização da razão, valorização do questionamento, da investigação e da experiência como forma de conhecimento; crença nas leis naturais, crença nos direitos naturais; crítica ao absolutismo, ao mercantilismo e aos privilégios da nobreza e do clero; defesa da liberdade política e econômica e da igualdade de todos perante a lei; crítica à Igreja Católica, apesar de se manter a fé em Deus (cf. FILHO, 1993)
O iluminismo gerou a primeira Enciclopédia. Como nos conta o historiador que estudou a trajetória econômica e editorial da Enciclopédia, Robert Danton, quando os franceses fizeram a primeira impressão da obra (1751), logo perceberam que se tratava de uma empresa “perigosa”:
“Não se tratava meramente de uma coleção, em ordem alfabética, de informações a respeito de tudo; a obra registrava o conhecimento segundo os princípios filosóficos expostos por D’Alembert no Discurso Preliminar. Embora reconhecesse formalmente a autoridade da Igreja, D’Alembert deixava claro que o conhecimento provinha dos sentidos, e não de Roma ou da Revelação. O grande agente ordenador era a Razão, que combinava as informações dos sentidos, trabalhando com as faculdades irmãs, memória e imaginação.” (DARNTON, 1996, p. 18)
Esse espírito está muito bem representado na obra de Kant. Para o filósofo alemão o conhecimento é uma síntese, operada pela razão, das informações que a sensibilidade humana é capaz de reunir durante a existência. Os principais representantes do Iluminismo, D’Alembert, Rousseau, Voltaire, e outros, entendiam, como Kant, que o iluminismo deve ser o retorno do homem à razão como forma de adquirir autonomia, equilíbrio com a natureza e felicidade.
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