Anos 1920 - Centenário da Independência (Parte 02/08)
Rio de Janeiro, RJ
Exposição Universal do Rio de Janeiro
A comemoração do Centenário da Independência foi o momento adequado para o governo do presidente Epitácio Pessoa recuperar seu abalado prestígio naquele difícil ano de 1922. A imprensa leal ao governo procurou relatar, em detalhes, todos os momentos da grande festa do dia 7 de setembro. O tom das reportagens era exagerado e patriótico.
O presidente, na parte da manhã, acompanhou uma grande parada militar. Ao meio-dia, em todas as escolas primárias do país houve uma cerimônia de juramento de fidelidade e amor eternos à bandeira nacional. Na parte da tarde, uma verdadeira multidão se acotovelou à espera da inauguração da Exposição do Centenário, que finalmente ocorreu às 16 horas.
A Exposição era enorme para os padrões brasileiros. O visitante percorria 2.500 metros entre pavilhões descritos pela imprensa como "deslumbrantes monumentos arquitetônicos". A entrada principal ficava na avenida Rio Branco. Foi construída uma "porta monumental" de 33 metros de altura. Na avenida das Nações se alinhavam os palácios e representações estrangeiras. Mais adiante, avistava-se a praça na qual se erigiam os palácios brasileiros, considerados "monumentos majestosos de nossa riqueza e de nossa capacidade de trabalho".
Foram erguidos 15 pavilhões estrangeiros. Na área nacional havia os palácios de festas, dos estados, da música, das diversões, da caça e pesca e muitos outros. Alguns desses prédios ainda podem ser vistos nos dias de hoje.
A Exposição Universal durou até abril de 1923, e o número de expositores chegou a dez mil. Em setembro, o presidente Artur Bernardes fechou as comemorações do Centenário da Independência com uma nova parada militar na capital federal.
O governo federal procurou e conseguiu tirar proveito das comemorações. Mas a chama da crise política iria permanecer acesa por toda a década de 1920.
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