"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

Anos 1920 - Centenário da Independência (Parte 06/08)

Lloyd George, Vittorio Emanuele Orlando, Georges Clemenceau, Woodrow Wilson
Conferência de Paz - Paris 1919

Conferência de Paz de Paris

Com a presença de 70 delegados, representando apenas a coligação dos 27 países vitoriosos na Primeira Guerra Mundial, inclusive o Brasil, foi inaugurada em 18 de janeiro de 1919 a Conferência de Paz de Paris. Até meados do ano, a conferência foi dominada pelos chamados "Quatro Grandes" - Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Itália. Em 28 de junho de 1919 os delegados assinaram o Tratado de Versalhes, que selou a paz com a Alemanha.
Entre as disposições do Tratado de Versalhes, foram estabelecidas as novas fronteiras alemãs, com a cessão de regiões como a Alsácia-Lorena, que retornou à França, e a concessão a diversas outras regiões do direito de decidir em plebiscito sua permanência sob tutela germânica. Também a administração das colônias alemãs foi submetida ao controle internacional. O tratado determinou ainda o desarmamento completo do Estado alemão, que manteve apenas o direito de possuir um Exército profissional de 100 mil homens, e o pagamento de pesadas reparações de guerra, com base na disposição que considerou a Alemanha e seus aliados como agressores e responsáveis por todas as perdas sofridas pelos Aliados.
Em 10 de setembro de 1919 foi assinado o Tratado de Saint Germain-en-Laye, que selou a paz com a Áustria e estabeleceu, entre outras condições, que esta reconhecia a independência da Hungria, Tchecoslováquia e Iugoslávia. Seguiram-se os Tratados de Neuilly (assinado com a Bulgária em 27 de novembro de 1919); Trianon (com a Hungria, em 4 de junho de 1920); e Sèvres (com a Turquia, em 10 de agosto de 1920). Todos os tratados, por sua vez, estabeleciam o compromisso dos signatários com o pacto fundador da Liga das Nações.
A Conferência de Paris encerrou-se em 20 de janeiro de 1920, e embora tenha assegurado as condições para a paz, estas foram vistas como uma imposição aos países derrotados, que disso se ressentiriam posteriormente.

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