"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

A produção sociológica brasileira (Parte 01/08)


— E o Brasil?
— O Brasil? Como assim? O que tem ele?
— Mas é isto mesmo o que queremos saber...
— O que tem o Brasil?

O fato é que até aqui vimos apenas teorias sociológicas “importadas”.
Mas será que tais teorias, de pensadores que não viveram a realidade deste que é gigante pela própria natureza, belo, forte, um impávido colosso, e que tem um futuro que espelha sua enorme grandeza, podem dar contar de explicar o que acontece por aqui?

O que há de VERDE e
AMARELO na SOCIOLOGIA?

Bom, antes de estudarmos a produção sociológica brasileira, gostaria de mencionar, bem rapidamente, uma idéia que pode nos ajudar a pensar sobre um aspecto muito importante: a escolha das teorias para refletirmos sobre a sociedade.
Vamos imaginar que durante a leitura destes textos você se identificou muito com os elementos que Karl Marx nos fornece para interpretação da sociedade, isto é, pela lógica econômica e material.
Mas veja. Será que a teoria marxista, apenas, seria suficiente para entender todas as questões sociais, como por exemplo, o movimento feminista, a união de casais homossexuais, os suicídios dos homens-bomba, as religiões, etc.?
Bem, o que estamos querendo transmitir com essa reflexão é que, o ideal, é não termos posturas doutrinárias quanto à teoria que mais gostamos, como se fosse uma espécie de “verdade absoluta”, não aceitando, portanto, a contribuição que outras teorias podem nos dar para o trabalho de reflexão sobre a sociedade.
Portanto, o que devemos fazer é exercitar uma “conversa” com as mesmas para, então, elegermos a teoria que seja mais adequada à situação que queremos entender. Ok?

Texto produzido por Everaldo Lorensetti para a Secretaria de Estado da Educação do Paraná

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