"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

Grécia – Resumo (Parte 07/10)


As transformações sociais e políticas

Na evolução política de Atenas, podemos identificar as seguintes formas de governo: a monarquia, o arcontado, a tirania e finalmente a democracia.
A monarquia foi a primeira forma de governo de Atenas. O poder era exercido por um rei, intitulado basileus. Gradativamente, os eupátridas passaram a Limitar o poder do rei, instituindo o arcontado. O governo ficou nas mãos de nove arcontes eleitos pelo conselho dos eupátridas. No arcontado, o regime político era a oligarquia.
O movimento de colonização favoreceu o desenvolvimento do artesanato e do comércio e transformou Atenas em um importante centro comercial. Os artesãos e comerciantes enriqueceram e passaram a reivindicar participação política.
O confronto entre os grupos sociais levou a uma crise política. Para resolvê-la, eram necessárias reformas. Os aristocratas encarregaram Drácon de elaborar um código de leis escritas para a cidade. Eram leis rígidas, mas que não conseguiram resolver os conflitos sociais.
Como as tensões sociais continuavam, um novo legislador, Sólon, propôs reformas mais radicais. Houve a abolição da escravidão por dívidas e a adoção de um novo critério de divisão social baseado na riqueza, aumentando o número de cidadãos. Entretanto, as reformas de Sólon também não conseguiram apaziguar os ânimos.
Essa crise facilitou a tomada do poder por Pisístrato, que instalou a tirania. Esse tirano deu terras dos aristocratas aos pequenos proprietários, concedeu empréstimos aos agricultores, incentivou a colonização e o comércio e construiu obras públicas.
Pisístrato foi sucedido pelos seus filhos Hipias e Hiparco, que deram continuidade às obras do pai. Contudo, Hiparco foi assassinado e Hípias, deposto.

A democracia ateniense

Em 509 a.C., um aristocrata, Clistenes, realizou reformas que deram origem à democracia ateniense, O direito de cidadania foi ampliado. Passaram a ser considerados cidadãos os filhos de pai ateniense. Clístenes criou a Lei do ostracismo, que era a condenação ao exílio de Atenas, por dez anos, às pessoas consideradas perigosas pelo Estado democrático ateniense.
A democracia ateniense atingiu o apogeu no século V a.C., com Péricles, que governou 14 anos e promoveu Atenas tanto política como culturalmente.
O governo democrático de Atenas era constituído da seguinte forma:
Bulé — assembléia encarregada da elaboração das leis;
Eclésia — votava as leis e escolhia os estrategos, encarregados de fazer executar as leis;
Hiléia — tribunal de justiça.
É importante lembrar que os cidadãos de Atenas representavam a minoria da sociedade. Não podiam participar da vida política as mulheres, os estrangeiros (que eram em grande número), os jovens e os escravos. Ao mesmo tempo que se aperfeiçoavam as instituições democráticas, consolidava-se o escravismo.

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