Grécia – Resumo (Parte 10/10)
Teatro Grego
A cultura grega
O grande legado dos gregos repousa em sua extraordinária produção cultural, considerada a base da cultura ocidental. Podem-se citar como características da cultura helênica o humanismo, o otimismo e a simplicidade nas artes.
A religião
A religião grega era politeísta e antropomórfica. Os deuses eram considerados semelhantes aos homens, possuindo também sentimentos bons ou maus, com a única diferença de serem imortais. Segundo a crença, eles viviam no monte Olimpo. Os principais eram Zeus (soberano dos deuses), Afrodite (deusa do amor e da beleza), Ares (deus da guerra), Palas (deusa da sabedoria), Hermes (deus do comércio), entre outros.
Acreditavam também na existência de semideuses e heróis, que seriam seres mortais, mas capazes de praticar ações próprias dos deuses, como é o caso de Teseu, herói ateniense que matou o minotauro, monstro metade homem, metade touro, que vivia no palácio do rei Minos, na ilha de Creta. Esse monstro exigia periodicamente a oferenda de sete moças e sete moços atenienses.
As artes e as ciências
A arte grega era humanista e idealista. Na arquitetura, os gregos desenvolveram três estilos, conhecidos por suas colunas: o dórico (mais simples), o jônico (colunas mais leves) e o coríntio (mais luxuoso, tinha os capitéis enfeitados com folhas).
Na escultura, houve uma tendência para a criação de figuras humanas idealizadas. Fídias, grande escultor da época de Péricles, esculpiu a estátua da deusa Atena, no Partenon; Míron foi o autor do Discóbulo; Praxiteles foi o autor da estátua de Hermes.
No campo da literatura e do teatro, o modelo criado pelos gregos perdura até os dias de hoje. Na poesia épica destacou-se Homero, com suas obras Ilíada e Odisséia. A poesia lírica era cantada com o acompanhamento de instrumentos musicais. Destacaram-se a poetisa Safo e o poeta Píndaro.
O teatro grego tinha a função não só de divertir, mas também de instruir. Dois gêneros se destacaram: a tragédia e a comédia. Na tragédia, destacou-se Ésquilo, que escreveu Prometeu acorrentado, e Sófocles, autor de Édipo Rei e Antígona. Na comédia, pode-se citar Aristófanes, que escreveu As nuvens e As rãs, criticando os políticos e a sociedade.
Nas ciências, os gregos contribuíram para o desenvolvimento da matemática com Tales e Pitágoras; na medicina, com Hipócrates de Cós, que descobriu que as doenças têm causas naturais; na História, com Tucídides e Xenofonte, que registraram fatos da vida dos gregos.
A filosofia grega
Na Grécia desenvolveu-se a filosofia, palavra que significa “amor à sabedoria”. Os gregos buscavam explicar racionalmente o Universo, a vida e o homem. Mileto, colônia grega da Ásia Menor, reuniu vários filósofos que deram explicações sobre a origem do Universo. Destacaram-se Tales, Anaximenes e Anaximandro.
Outro importante filósofo grego foi Pitágoras, que concebia o mundo governado pelos números, aos quais atribuía qualidades mágicas.
Durante o século V a.C., surgiram os sofistas, que tinham o homem como centro de suas especulações. Destacam-se Górgias, Hípias, Crítias e outros. O mais importante sofista, contudo, foi Protágoras, que dizia: “O homem é a medida de todas as coisas.”
No final do século V a.C., surgiu a Escola Socrática, fundamentada no pensamento de Sócrates. Esse filósofo não deixou nada escrito. O que sabemos sobre seu pensamento se deve ao que seus discípulos escreveram, principalmente Platão.
A filosofia socrática tinha como base a moral. Entre os seus preceitos filosóficos, podemos citar: “Conhece-te a ti mesmo” e “Só sei que nada sei”. Sócrates dialogava com as pessoas, mostrando a elas as contradições de seus conceitos, forçando-as a admitir a sua ignorância. A partir dai, novos conceitos seriam formulados, sempre sujeitos a novas contestações. Esse é o método socrático. Em conseqüência de suas criticas à política ateniense, Sócrates foi condenado à morte.
Platão, discípulo de Sócrates, considerava que a razão humana é capaz de conhecer as idéias perfeitas (Bem, Beleza, Verdade, Justiça etc.). Esse conhecimento pode despertar no homem o desejo de possuí-las, alcançando, assim, a plenitude humana.
Aristóteles, discípulo de Platão, considerava que, por meio da razão, o homem pode obter um conhecimento verdadeiro do mundo. Mas, para isso, deve pensar corretamente, e as normas para atingir esse objetivo estão contidas em sua obra, a Lógica.
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