"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

Expansão Territorial – Resumo (Parte 03/05)


A expansão bandeirante

As bandeiras foram expedições geralmente organizadas por particulares, que penetraram o interior e não respeitaram o limite de Tordesilhas. A maioria partiu da capitania de São Vicente, mais particularmente da vila de São Paulo.
Na segunda metade do século XVI, enquanto a economia canavieira prosperava no Nordeste, em São Vicente ela entrou em decadência, pois as condições naturais não eram favoráveis ao cultivo da cana-de-açúcar.
Os colonos vicentinos passaram a se dedicar a uma economia de subsistência. Plantavam trigo, milho, mandioca, algodão e frutas e fabricavam tecidos grosseiros. Não tinham condições de comprar escravos negros e, por isso, utilizavam a mão-de-obra do escravo indígena. Muitos paulistas passaram então a se dedicar à captura dos nativos. Começava a primeira fase das bandeiras.

Bandeira de caça aos índios

O objetivo inicial dessas bandeiras era apresar indígenas e utilizá-los como mão-de-obra na própria capitania. Mas, no século XVII, o comércio de mão-de-obra tornou-se um negócio lucrativo para os bandeirantes.
No período do domínio espanhol, os holandeses dominaram os centros africanos que forneciam escravos. No Brasil, o preço dos escravos negros subiu, e muitos fazendeiros queriam comprar indígenas, porque eram mais baratos. Por isso, os bandeirantes começaram a atacar as missões jesuíticas, nas quais os indígenas ofereciam menor resistência, eram mais disciplinados e mais bem adaptados à agricultura:
 Manuel Preto investiu contra as missões de Guairá, no Paraná, aprisionou os indígenas missionados e transformou-os em escravos.
 Antônio Raposo Tavares destruiu as missões de Itatim, em Mato Grosso, e Tape, no Rio Grande do Sul. Os jesuítas abandonaram a área de Tape, e o gado que criavam ficou solto.
 Fernão Dias Pais Leme atacou missões no Uruguai.
As bandeiras de apresamento declinaram quando os portugueses, livres do domínio espanhol, conseguiram retomar os centros africanos e regularizar o tráfico de escravos negros.

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