"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

A expansão marítimo-comercial européia – Resumo (Parte 01/06)

Mapa-mundi antes das Grandes Navegações

A partir do século XI, o aumento da população européia Levou à expansão das áreas de cultivo. O comércio renasceu e, com ele, as cidades cresceram e uma nova camada surgiu: a burguesia.
Os europeus precisavam de metais preciosos para cunhar mais moedas, tão necessárias ao comércio. Além disso, estavam interessados em produtos de luxo, sedas, porcelanas, tapetes, essências e principalmente nas especiarias (pimenta, cravo, canela, noz-moscada, gengibre), usadas para conservar os alimentos. Esses produtos eram trazidos pelos árabes da região produtora no Oriente, as Índias, até os portos do Mediterrâneo e vendidos aos comerciantes de Gênova e Veneza.
Como essas cidades italianas tinham o monopólio do comércio mediterrâneo (século XIV), vendiam os produtos de luxo e as especiarias a preços exorbitantes, obtendo altos lucros. Esse lucro despertou o interesse da burguesia e de muitos governantes europeus, principalmente de Portugal e Espanha.
Os portugueses, habituados com o mar desde o século XII e contando com uma burguesia interessada em se expandir, foram os primeiros a se lançar ao mar, em busca de uma nova rota marítima para as Índias.
Esse empreendimento foi também possível porque, ao lado do interesse político e econômico, houve o aperfeiçoamento de técnicas que facilitavam a navegação a Longa distância: o astrolábio, a bússola, as cartas de navegação mais elaboradas e a caravela.
O interesse pelo comércio dos produtos de luxo e pelas especiarias, a necessidade de quebrar o monopólio das cidades italianas no mar Mediterrâneo, a procura de um novo caminho marítimo para as Índias, a escassez de metais preciosos na Europa, a aliança entre o rei e a burguesia, buscando a centralização do poder, a valorização do comércio e o progresso técnico e científico foram fatores que favoreceram a expansão marítimo-comercial da Europa.
Esse movimento é também conhecido como as Grandes Navegações.

Fonte: Caderno do Futuro. IBEP.

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