Os conflitos no Oriente Médio e a crise do socialismo – Resumo (Parte 05/07)
A crise do mundo socialista
Em abril de 1985, Mikhail Gorbatchov assumiu o poder na União Soviética e lançou programas de reformas que provocaram transformações profundas no mundo socialista. Esses programas ficaram conhecidos pelos nomes de glasnost, que em russo significa “transparência”, e perestroika, “reestruturação”.
Glasnost foi a denominação que o próprio Gorbatchov deu para a gradual abertura do regime político, com a diminuição da censura à imprensa e maior liberdade de expressão nas artes. Velhos políticos foram substituídos por reformistas e alguns presos políticos ganharam a liberdade.
Perestroika foi a denominação que recebeu o programa econômico que objetivava a reestruturação da economia do pais, tornando-a mais dinâmica. A economia deixava de ser inteiramente controlada pelo Estado.
Os investimentos que a União Soviética fazia na produção de armamentos e na produção de equipamentos militares eram prejudiciais à economia do país, pois os capitais deixavam de ser aplicados em atividades produtivas e na modernização da tecnologia. Para resolver esse problema, Gorbatchov aproximou-se dos Estados Unidos, com o objetivo de diminuir o ritmo da corrida armamentista.
A política de abertura da URSS, sua aproximação com o Ocidente e a maior liberdade econômica repercutiram nos países socialistas do Leste europeu.
Na Polônia, verificou-se a primeira reação. Em decorrência do descontentamento que existia no pais, em 1980, na cidade de Gdansk, foi fundado o sindicato Solidariedade, liderado por Lech Walesa, reunindo os trabalhadores de um estaleiro. O sindicato opôs-se ao governo e passou a exigir liberdade política. No ano seguinte, foi considerado ilegal e seu líder foi preso. Em 1989, o sindicato voltou para a legalidade, e Lech Walesa foi eleito presidente. Pela primeira vez um país do bloco socialista deixava de ser governado pelo Partido Comunista.
Depois da Polônia, os outros países do bloco socialista foram sofrendo mudanças internas, que resultaram no fim do domínio dos partidos comunistas: Hungria, Tchecoslováquia (que se dividiu em República Tcheca e Eslováquia), Bulgária, Albânia, Romênia.
Na Alemanha Oriental, em 1989, quando a Hungria abriu suas fronteiras com a Áustria, milhares de alemães orientais começaram a sair do país e, depois de um longo percurso, entraram na Alemanha Ocidental. Tiveram início várias manifestações para a abertura do regime e, em novembro do mesmo ano, manifestantes derrubaram o Muro de Berlim. Em 1990, foram realizadas eleições, com a participação de vários partidos políticos. As duas Alemanhas foram unificadas e Berlim voltou a ser a capital.
Na Iugoslávia, onde convivem várias etnias e religiões (católica romana, católica ortodoxa e muçulmana), o fim do socialismo processou-se de forma violenta. Apesar dos vários povos viverem sob um mesmo governo socialista, comandado por Josep Broz Tito, sempre ocorreram manifestações nacionalistas. Em 1980, com a morte de Tito, intensificaram-se os confrontos populares.
A Iugoslávia era uma federação formada por seis repúblicas: Croácia, Eslovênia, Sérvia, Bósnia, Macedônia e Montenegro. Em 1991, a Croácia e a Eslovênia proclamaram-se independentes. A Sérvia, que controlava o Estado e o exército, não aceitou essas independências e iniciou a guerra civil.
Em 1992, a Macedônia e a Bósnia-Herzegóvina também se proclamaram independentes. Enquanto em várias repúblicas a situação permanecia relativamente tranqüila, na Bósnia-Herzegóvina a guerra explodiu de forma violenta, porque os sérvios que vivem nessa região queriam continuar ligados à Sérvia.
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