As Reformas Religiosas – Resumo (Parte 01/08)
No século XVI, a Igreja Católica viu-se ameaçada por movimentos separatistas que levaram boa parte da população européia a abandonar o catolicismo. A essa ruptura da unidade religiosa dá-se o nome de Reforma ou Reforma Protestante. Ela foi iniciada na Alemanha, por Martinho Lutero.
A Reforma foi um movimento de caráter religioso, político e econômico, fruto das novas condições que caracterizaram a época moderna. A Igreja Católica atravessava uma situação de crise em sua organização. Durante longos períodos dos séculos XV e XVI, os papas se preocupavam mais com as coisas materiais do que com os problemas religiosos. Inclusive, intervinham em questões políticas dos países.
Além disso, havia o despreparo de muitos clérigos, que tinham conseguido seus cargos de maneira irregular, o afastamento dos bispos de suas dioceses, o não-cumprimento do voto de castidade por parte de vários sacerdotes e a venda de relíquias religiosas falsas e de indulgências.
Uma indulgência é o perdão, em parte ou na totalidade, do castigo temporal do pecado. Inicialmente, esse perdão era conseguido por meio de ações caridosas, preces e participação nas lutas para combater os infiéis. Mas a Igreja, pretendendo angariar dinheiro, passou a vender indulgências por vultosas quantias.
Durante toda a Idade Média, a Igreja Católica foi a única instituição centralizada e que controlava a sociedade européia, mantendo-a unida pelo pensamento cristão. Porém, o desenvolvimento do comércio, o renascimento da vida urbana, a centralização política e o fortalecimento do poder dos reis, além do humanismo, alteraram essa situação. Muitos governantes não mais admitiam a interferência do papa nos negócios do Estado. A burguesia não aceitava a condenação da usura pregada pela Igreja. Havia também o desejo de muitos príncipes e reis de se apossarem das terras e riquezas da Igreja e o ressentimento contra os tributos impostos pelos papas.
Fonte: Caderno do Futuro. IBEP.
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