"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

Política e Administração (Parte 04/11)

Estudantes no dia da bandeira, 1938/1945.
Rio de Janeiro (RJ). (CPDOC/GC foto 716/3)

Organização Nacional da Juventude

O primeiro projeto acabado de criação de uma organização da juventude foi apresentado em 1938, patrocinado pelo ministro da Justiça Francisco Campos. Segundo esse projeto inicial, a Organização Nacional da Juventude seria uma instituição de âmbito nacional e caráter paramilitar, nos moldes das organizações similares então existentes nos países fascistas. O projeto de Francisco Campos determinava ainda que todas as instituições de educação cívica, moral e física existentes no país deveriam se incorporar e subordinar à organização, que dessa forma já nasceria com grande potencial mobilizador.
Esse projeto, porém, foi duramente combatido no interior do próprio governo. O ministro da Guerra, general Eurico Dutra, por exemplo, contrariado com o caráter paramilitar previsto para a organização, denunciou a inspiração externa do projeto, estranha às tradições do Brasil. Com adversários desse porte, o projeto foi sucessivamente reformulado, absorvendo contribuições decisivas de Gustavo Capanema , ministro da Educação. Na versão final, a organização desfez-se de qualquer traço que a fizesse parecer uma milícia, mantendo-se apenas como um movimento de caráter cívico, voltado para o culto dos símbolos nacionais.. Foi com essas características que foi criado, em março de 1940, o movimento da Juventude Brasileira.
Contudo, com a entrada do Brasil na guerra ao lado dos países aliados, a Juventude Brasileira se esvaziou definitivamente. Em agosto de 1945, pouco antes da queda do Estado Novo, um decreto-lei extinguiu o quadro de funcionários da organização, que dessa forma deixou de existir.

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