"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

O cinema e uma nova percepção (Parte 01/09)


“Quinze minutos de fama
mais um pros comerciais
quinze minutos de fama
depois descanse em paz
O gênio da última hora
É o idiota do ano seguinte....
... o maior sucesso de todos os
tempos entre os dez maiores fracassos
não importa contradição
o que importa é televisão
dizem que não há nada que você não se acostume
cala a boca e aumenta o volume então...”

“A melhor banda de todos os tempos da última semana”
Titãs (2001) - Composição: Branco Mello/ Sérgio Britto.


A força da mídia na produção e comercialização de arte é um fato bastante notório. Pode-se questionar, no entanto, até que ponto isso não afeta, para melhor ou pior, justamente essa produção da arte. Como explicar que, na música, por exemplo, há um grande rodízio de sucessos e que, alguns artistas, no auge da fama, amanhã já não subirão mais o degrau das celebridades? Isso é uma amostra do grande potencial artístico humano ou é apenas uma questão de produção industrial da arte, voltada apenas para o consumo? Até que ponto essa comercialização e consumo de arte não limitam a criatividade e o próprio acesso da maioria da população brasileira a grandes obras da tradição cultural?

Texto produzido por Luciano Ezequiel Kaminski para a Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

0 Response to "O cinema e uma nova percepção (Parte 01/09)"