"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

A universalidade do gosto (Parte 14/14)

O Grito (1893), de Edvard Munch

Para Além do Belo Clássico

Tratamos até aqui da beleza, da experiência do belo e do juízo do gosto. É importante salientar finalmente que, se estamos no território do belo, como uma categoria estética fundamental, deve-se notar que ela não é a única, pelo menos para alguns teóricos em Estética. Além do belo, existem outros sentimentos que ocorrem na experiência estética, como o grotesco, o sublime, o trágico e o cômico, por exemplo. Reduzir as categorias estéticas ao belo seria praticamente relacioná-la às artes clássicas. Essa forma de arte nos ofereceu um padrão de beleza e uma concepção de arte que se referem a uma determinada época e cultura específicas, que foram marcantes sim, mas que não são as únicas, ou as melhores. Além do que, e os gregos já nos serviram como um exemplo disso, a beleza não está relacionada somente ao universo das artes.

Essa associação entre belo e arte reduziria, segundo alguns autores (Sánchez Vásquez, por exemplo) a discussão estética enquanto uma forma de pensar o homem na sua dimensão sensível, muito mais ampla. Embora elas não sejam unanimidades entre os filósofos contemporâneos como categorias estéticas, devem ser lembrados aqui como novas possibilidades de ampliarmos as discussões e como formas diferenciadas de nos relacionarmos com a realidade.

0 Response to "A universalidade do gosto (Parte 14/14)"