A regência de D. Pedro e a Independência - Resumo
Tela a óleo sobre a Independência do Brasil, de François-René Moreaux,
que hoje é conservado no Museu Imperial de Petrópolis.
Foi executado em 1844, a pedido do Senado imperial.
A permanência da Corte portuguesa de 1808 a 1821 e as realizações de D. João transformaram a vida no Brasil. O país adquiriu liberdade de comércio e foi aparelhado para se tornar autônomo. Além disso, a elevação à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarve deu-lhe uma condição política semelhante à da antiga metrópole. Ao contrário, Portugal perdeu o controle do comércio para a Inglaterra e, com a criação de pesados impostos, fez renascer a animosidade dos colonos.
O Brasil estava preparado para o seu desligamento definitivo de Portugal.
D. Pedro governou o Brasil. como príncipe regente de 1821 a 1822. A aristocracia rural brasileira aproximou-se do príncipe para não perder os privilégios que possuía. As Cortes de Lisboa (governo de Portugal) tomaram várias medidas em relação ao Brasil. Exigiram obediência dos governos provinciais às suas ordens diretas, sem passar por D. Pedro, e retorno imediato de D. Pedro para Portugal.
Começou então no Brasil, a reação que levaria à independência: foram criados clubes de resistência, e D. Pedro nomeou José Bonifácio para o cargo de ministro da Justiça. Como ministro, José Bonifácio decretou o Cumpra-se (toda ordem de Portugal só poderia ser cumprida no Brasil com a autorização de D. Pedro, o seu “cumpra-se”); concedeu a D. Pedro o titulo de Defensor Perpétuo do Brasil, convocou a primeira Assembléia Constituinte, e proibiu a entrada de tropas portuguesas no Brasil.
As pressões das Cortes sobre D. Pedro aumentaram. Em 07 de setembro de 1822, D. Pedro proclamou a Independência do Brasil.
Nessa mesma noite, em São Paulo, D. Pedro foi aclamado o soberano do Brasil. Ele partiu para o Rio de Janeiro e, no dia 12 de outubro, numa cerimônia, foi aclamado Imperador Constitucional e Perpétuo Defensor do Brasil, D. Pedro I. No dia 1º de dezembro de 1823, em uma cerimônia solene e privada, sem a participação popular, D. Pedro I foi coroado.
Fonte: Caderno do Futuro. IBEP.
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