"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

Alta Idade Média (Parte 10/10)

Imperador Carlos Magno

CARLOS MAGNO

Carlos Magno estreitou ainda mais os laços entre o Reino Franco e a Igreja. Entre 775 e 800 travou inúmeras guerras contra os saxões que se recusavam a aceitar a dinastia Carolíngea.
Durante seu governo o reino Franco sofreu uma grande expansão territorial provocada pelas guerras de conquistas.
No Natal do ano 800 o Papa Leão III, coroou Carlos Magno Imperador do Sacro Império Romano, o que significou a reconstituição parcial do território do Império Romano do Ocidente.

O Império Carolíngeo

Carlos Magno subdividiu o Império em unidades político-administrativas geridas pela nobreza rural e guerreira. Essas unidades eram chamadas de Condados cujos senhores eram os condes, as Marcas (margraves ou marqueses) e os ducados (duques). Reuniam-se todos em Assembléia Anual (Mallus) para deliberar com o Rei.
Carlos Magno mudou a capital para a cidade de Aquisgrana, de onde proferia as Leis Capitulares. Para fiscalizar a aplicação das ordens reais nomeava os missi-dominici (funcionários).
O Império Carolíngeo foi fundamental para o desenvolvimento posterior do feudalismo francês que estava em formação desde o início do Reino Franco.

O Tratado de Verdun e a Decadência do Império

Carlos Magno morreu em 814 e seu filho, Luís, o Piedoso tornou-se rei. Em 843, os filhos de Luís dividiram o Império entre sí pelo Tratado de Verdum. Luís o Germânico ficou com a Germânia (oriente), Lotário com o centro e Carlos, o Calvo ficou com a Gália (ocidente)
A divisão enfraqueceu o Império e novas levas de invasões bárbaras se sucederam no século IX (sarracenos, magiares e normandos).
As invasões minaram o poder real central e favoreceram a autonomia dos senhores feudais locais. Assim, o feudalismo se configurou numa constante luta entre o poder monárquico (centralização) e os particularismos locais (descentralização).
A divisão feita em Verdun determinou que as partes tivessem rumos diversos. A germânia tornou-se o Sacro Império Romano Germânico no reinado de Oto I e no pontificado de João XII em 962 e na parte ocidental formou-se a França.
O fim da dinastia Carolíngea chegou em 987 quando o conde de Paris, Hugo Capeto, deu início a dinastia capetíngea. Os reis capetos, como ficaram conhecidos os descendentes de Hugo, centralizaram o poder na França na Baixa Idade Média.

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