"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

América Latina: Conflitos no Século XX – Resumo (Parte 05/05)

Augusto César Sandino

Revolução Sandinista na Nicarágua

Na década de 30, a família Somoza passou a controlar o poder na Nicarágua, apoiada pelos conservadores e pelo governo dos Estados Unidos. Esse domínio durou 45 anos. Em 1936, Anastácio Somoza assumiu a presidência de forma ditatorial, apropriando-se de grande parte das riquezas do país. Em 1956, foi assassinado e seu filho, Anastácio Somoza Debayle, assumiu o poder.
Nos anos 60, a economia nicaragüense cresceu, mas as diferenças sociais acentuaram-se.
A oposição ao governo de Somoza aumentou. Grupos guerrilheiros, estudantes e intelectuais, alguns padres e elementos da burguesia passaram a exigir a redemocratização do pais. Essa situação favoreceu a Frente Sandinista de Libertação Nacional, uma organização guerrilheira fundada em 1961 por intelectuais marxistas.
Em 1972, um terremoto devastou a Nicarágua, causando a morte de 10 mil pessoas. A ajuda externa às vítimas foi parar nas mãos do ditador e de sua família. Esse fato provocou indignação geral. O governo perdeu o apoio até dos Estados Unidos, que passaram a exigir a abertura política.
Somoza resistia, mas o assassinato do jornalista Pedro Chamorro, proprietário de um jornal que se opunha ao governo, desencadeou a revolução. Os sandinistas ocuparam o palácio de Manágua, derrubando o governo de Somoza em 1979.
Com a realização das eleições, venceu Daniel Ortega, líder da Frente Sandinista. Ele deu início à reforma agrária, criou um exército popular, elaborou um programa de alfabetização em massa e melhorou a saúde.
Em 1990, Daniel Ortega convocou eleições, e a empresária oposicionista Violeta Chamorro saiu vitoriosa.

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