"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

O desafio do Islã - a origem (Parte 04/07)

Meca

A "ascensão ao Paraíso" - Khadija morreu em 619. Um ano mais tarde, Muhammad teve sua mais impressionante experiência mística: a célebre Ascensão ao Paraíso (mi'raj). Diz a tradição que, em uma noite pontuada por relâmpagos e trovões, o profeta estava deitado em seu quarto, na cidade de Meca, quando percebeu o ambiente inteiro se iluminar. Em suas visões anteriores, o arcanjo Gabriel sempre lhe aparecera na forma de um homem. Desta vez, porém, contemplou-o em sua esplêndida forma cósmica. "Ó dorminhoco", teria dito o anjo, "por quanto tempo continuarás dormindo? Acorda!". E, tomando Muhammad pela mão, o levou a sobrevoar a Caaba. De lá, conduziu-o até o cume do monte Moriah, em Jerusalém - um lugar sagrado para judeus, cristãos e muçulmanos, onde os conquistadores islâmicos edificariam, mais tarde, o Domo do Rochedo, hoje um ponto nevrálgico do conflito palestino-israelense. Daquele local privilegiado, ascenderam ao Céu.
Sempre guiado por Gabriel, Muhammad teria atravessado as muitas esferas que compõem o Paraíso, instruindo-se com anjos e profetas, até se encontrar sozinho, trêmulo e quase aniquilado, na presença de Deus. Ao iniciar-se a jornada, uma jarra d'água que se encontrava à cabeceira da cama fora derrubada. O profeta retornou a tempo de impedir que a água derramasse. A visão, ou o que quer que tenha sido essa experiência, obviamente ocorreu fora dos parâmetros usuais de espaço e tempo.

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