"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

Ásia: conflitos no século XX – Resumo (Parte 03/06)


A implantação do socialismo

Mao Tsé-tung reafirmou seu propósito de instaurar uma nova democracia, mediante a aliança com o proletariado, os camponeses e classes médias. Suas primeiras medidas dirigiram-se para alguns dos problemas que afetavam o campo. Por uma lei assinada em 1950, as grandes propriedades foram repartidas entre os camponeses.
As escassas instalações industriais foram desapropriadas e passaram para o controle direto do Estado. Houve a nacionalização dos bancos, estradas de ferro e empresas de eletricidade, telefonia e água.
Nessa primeira etapa, o governo chinês contou com a colaboração da antiga União Soviética, de quem copiou o modelo de organização política e econômica. Após a morte de Stálin, as relações entre os dois países esfriaram, chegando a uma total ruptura.
Em 1958, foi elaborado um novo plano econômico para a China, conhecido como o Grande Salto para a Frente. O objetivo era aumentar a produção, o que exigia grande empenho de toda a população.
Ocorreu a estatização da terra e formaram-se comunidades populares, as comunas, cada uma delas constituída de aproximadamente 5 mil famílias. Toda propriedade passou a ser coletiva: as casas, os instrumentos de trabalho, os móveis etc. Em troca, a administração da comuna oferecia gratuitamente refeitórios, escolas, tratamento de saúde.
Mas houve oposições a essa forma de organização. Os intelectuais insurgiram-se contra a doutrinação que era feita dentro das comunas. Os camponeses protestaram pelos seus lotes perdidos. As colheitas nem sempre eram boas, levando à fome e a revoltas. A crise agrária refletiu-se na indústria e muitas empresas fecharam.
O fracasso do Grande Salto para a Frente gerou a necessidade de mudanças. Continuaram as divergências dentro do Partido Comunista em relação aos rumos que deveriam ser seguidos.

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